Inspira,
deixa a dor sair
com o ar que expiras.
Por mais que (tu) espires,
não sentes,
não ri.
Podes beijar quantas bocas quiser,
comer com talheres ou colher,
ir de ônibus ou a pé,
mas isso não sai de ti.
Te vês cara-a-cara com teu inimigo;
aquele que entristece teus poemas
e atormenta teu sono:
o maldito sentimento de abandono.