terça-feira, 18 de agosto de 2015

Conclusões

Voltei,
trouxe minhas próprias verdades,
mas não sou o mesmo
que saiu da cidade
para o esquecer.

Vivia sob um céu triste,
nuvens cinzas, pássaros mortos
ainda voavam,
corpo e alma prontos
para o fim.
Sim, o fim existe.
Mas sei que este não é o meu.

Ter alguém pra gastar a juventude
é algo tão relativo,
e sei que a solidão ilude,
mas ver estrelas,
comer guloseimas,
fazer esquemas
e poemas
sempre são feitos a dois:
você e o Universo.
E um dia você vai perceber que não precisa de mais nada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Elevador

Dilema.
Te escrevo
ou faço poema?

Prefiro escadas
a elevadores.
Aonde tu foste?
O maior dos horrores,
com certeza,
é a solidão.

Sozinho,
o mar não é tão grande,
pois dois olhos não são o suficiente,
mas sei que eu,
eu somente,
podia (vi)ver o que (vi)vi.

Hora de seguir em frente
sem olhar pra trás,
mesmo que por um caminho
diferente dos demais.

Bem, eu sempre preferi os degraus.