terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Ele

Não foi o primeiro,
não será o último,
e o motivo não importa.

Não pedirei de volta
as pequenas demonstrações
do quanto eu queria que desse certo.

Mas não deu.

Então,
                       os planos
             e os versos
perderam o rumo.

Parte da culpa assumo,
mas eu, acostumado a perder,
sei que podia ser pior.

Existe gente cruel no mundo
e torço pra que
ele
não se esbarre com nenhuma.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Dois Mil e Quinze.

Estranhos, festa,
carnaval, solidão, feriado,
amigos, São Paulo, autódromo,
relacionamento, decepção,

ônibus, engenharia,
dia dos namorados, carta,
Federal, greve
Venezuela, estradas,

solidão, mar, dúvida,
redenção, melhora,
álcool, amigos

cachos, beijo, emprego
horário, namoro,
promoção,

solidão.

Um dia, no futuo
                               (se eu tiver um)
lerei este poema
e lembrarei
que dois mil e quinze
foi um ano feliz.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Conclusões II

Difícil escrever sobre o presente,
mas ter uma ideia do que (tu) sentes
já me norteia.

Tive a sorte
de seguir ao norte
e me encontrar no caminho.
Versos feitos,
decisões tomadas,
longas estradas me trouxeram
ao hoje.
Não feri com ferro
quem me feriu,
mas feri com um abraço.
Um abraço de perdão.
Abraço que mostrou
tudo que ele perdeu.

Eu,
tenho a chance de recomeçar.
Fazer certo.

Talvez o amor não seja algo pra ser escrito.
(Ou sim).

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Conclusões

Voltei,
trouxe minhas próprias verdades,
mas não sou o mesmo
que saiu da cidade
para o esquecer.

Vivia sob um céu triste,
nuvens cinzas, pássaros mortos
ainda voavam,
corpo e alma prontos
para o fim.
Sim, o fim existe.
Mas sei que este não é o meu.

Ter alguém pra gastar a juventude
é algo tão relativo,
e sei que a solidão ilude,
mas ver estrelas,
comer guloseimas,
fazer esquemas
e poemas
sempre são feitos a dois:
você e o Universo.
E um dia você vai perceber que não precisa de mais nada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Elevador

Dilema.
Te escrevo
ou faço poema?

Prefiro escadas
a elevadores.
Aonde tu foste?
O maior dos horrores,
com certeza,
é a solidão.

Sozinho,
o mar não é tão grande,
pois dois olhos não são o suficiente,
mas sei que eu,
eu somente,
podia (vi)ver o que (vi)vi.

Hora de seguir em frente
sem olhar pra trás,
mesmo que por um caminho
diferente dos demais.

Bem, eu sempre preferi os degraus.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Homem Ao Mar

Não tenho pra quem
ou onde correr,
e procuro abrigo na estrada.
Obrigado,
de nada.
Só mais uma alma
que quer ser amada.

Hábitos,
(creio) que só eu os entendo.
Me compro rosas,
adoro café,
mas não consigo
tocar meus pés.
Talvez eu seja mais alto
do que minha tristeza,
por isso que elogios
e comentários sombrios
não me alcançam.

Estou longe,
mas queria estar perto.
Cabeça cheia,
coração deserto.
Eu te deserto.
Mas me assumo responsável
por cada gesto:
O poema em inglês.
O drama francês.
Comemoramos minha derrota,
mas no final, foi uma porta
que se abriu pra mim.

E outra agora se fecha.

Deixa,
as pessoas que amo
já me fizeram peceber.

A vida é um corredor de portas fechadas.

Às vezes a vida nos deixa sangrar
para morrer,
para sermos consumidos pelo mar.

E é aonde vou.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ultimato

Chegamos
às nossas últimas palavras.

Passados três meses
ainda penso em ti.
Não sei onde esteve,
ou quantas vezes
ouviste meu nome.

Água.
É assim que te chamam.

Não mataras a sede de meu irmão,
porém matou mais que minha sede.

Mas,
me darei mais uma chance,
o mundo é muito grande
pra caber só nós dois.

A vida dá seu ultimato:
"ou supera,
ou te mato".

Ultimato

Chegamos
às nossas últimas palavras.

Passados três meses
ainda penso em ti.
Não sei onde (tu) esteves,
ou quantas vezes
ouvistes meu nome.

Água.
É assim que te chamam.

Não mataras a sede de meu irmão,
porém matou mais que minha sede.

Mas,
me darei mais uma chance,
o mundo é muito grande
pra caber só nós dois.

A vida dá seu ultimato:
"ou supera,
ou te mato".

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Rebound

Ontem,
tive certeza que (eu) não cuspira tudo
que tu me fizestes sentir.

Já aceitei,
não ficarei bem.
Não agora.

Por fora,
só um corpo que sente falta de toque,
do seu toque
que por falta de sorte,
pertence a outro.

Por dentro,
só um monte de órgãos
fazendo o que órgãos fazem,
não se importam
se a gente não quer viver.

Imagino o que tu me dirias
por eu estar assim.
Sim, ainda ouço sua voz.

Peixes não conseguem tirar os próprios anzóis.

Mas um dia acaba,
logo estarei longe,
nem eu sei onde,
mas poderei sorrir,
assim como tu me fizestes sorrir
um dia.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Poema Pra Alguém Que Não Vai Ler.

Ontem senti teus beijos em meu sonho.

Compreenda,
tu não precisas voltar,
mas sinto tua falta.

Mesmo com minha tristeza em pauta,
meu coração ainda salta
quando te vê.

Queria transformar teu melhor em poema,
mas expectativas são algemas
que nos prendem ao que estar por vir,
e não aqui.
No presente,
onde eu, inocente,
fui rendido.

Meus amigos já não me suportam,
mas não querem que eu me renda.
Ainda te tenho na agenda,
mas não sei se ainda te espero.

Se por acaso ler este devaneio,
saibas que alguém sofreu por ti.
TC.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Inconsequente

Nota: "I would burn my dreams away just to stand in the thankless shadows of your reckless love."

Quando a gente acha o amor que existe,
de repente,
todo mundo fica triste,

Não te culpo,
não te insulto,
mas é difícil ser como a ti.
Sou um cão só sabe latir,
e beija ao invés de morder.

Sobre meu triste alarde,
peço perdão aos amigos,
mas cedo ou tarde,
isso vai passar.

Em situações como esta,
nos damos conta
que somo só peões do tempo,
Só me resta
esperar por outro alguém;


como esperei por ti.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fim

"On nights so loveless, love,
I hope it make you feel good
knowing how much I adored you."

Amor,
saiba que caí em declive,
não sei onde estive,
não sei onde irei.

Perdoe minha fraqueza,
mas o corpo não levanta,
porque sei que não adianta;
sempre vai parecer
que significou mais
pra quem não superou.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Recomeço

Não quero que sejamos
melodia de versos cuspidos,
meu amor não é como o dos livros,
tu vês o mundo com olhos de vidro,
talvez até melhores que os meus.

Me faça ver
que apesar de nossas vidas tensar,
que entre mil e uma crenças
tu acreditas em nós.

Sim, ainda carrego algumas cruzes,
mas te peço que me ajudes,
pois todos temos fardos do passado
e mesmo com os que não tenha contado,
minha vida não está mais por um triz.

Obrigado por me ouvir quando ninguém mais quis.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Quartas

Quartas não me agradam,
e não gosto de ser rude,
pra não ser julgado, não julgue,
mas parece fácil cuspir palavras
e receber aplausos.

Pauso.

Talvez eu não queira mais ser salvo,
então me usem como alvo
de todos os males dos mundos,
pois sei que sou um dos tais.

Não somos iguais.

E agora, o que fazer?
talvez
cortar tês,
cedilhar cês,
mas não mais
esperar por você.

domingo, 8 de março de 2015

Ressaca

Preocupado,
carrego sozinho este fardo
e já não controlo o que sinto.
Amor não enche barriga,
mas te deixa faminto.

Álcool alivia,
entorpece,
e mesmo que quisesse
não consigo, sou submisso
disso,
desta ilusão.

Já não é culpa de ninguém,
nem de algo,
nado tanto, e não me salvo,
me afogo no desconhecido
e na dúvida do meu próprio futuro.

Traga-o.

Chega de acreditar
que ontem foi melhor que hoje.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Platônico

Difícil não me inspirar pelo teu rosto
e sei que estás fora de alcance,
mas não posso perder a chance
de ter meu sentimento exposto.

Expectativas sem piedade
são os algozes de todo alento,
e mesmo sendo um processo lento,
melhor aceitar a realidade.

Sorte (eu) perceber isto cedo,
somos vítimas do desconhecido,
e por isso, o coração partido
se retrai e desiste por medo.

Mas amores vão e vêm,
e o verdadeiro está além do belo.
E tudo que mais quero
é poder, um dia, me encontrar em alguém.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Três

Eu nunca disse que (eu) partiria,
mas também nunca disse que não.

Segundos separam os segundos
dos terceiros
em algo que só somos passageiros.
Somos pessoas frágeis,
vivendo vidas frágeis,
e o amor já não é preocupação.

Hoje não.

Mas não posso negar que sinto
as rejeições que o universo me tem dado,
e tudo me faz acreditar que
cheguei atrasado
pra estar ao teu lado.

Parece filme francês.
Amor impossível, duas vidas.
Duas não,


três.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Fluxo

O dia está agradável,
mas eu falo muito.

Chega um tempo em que
não se sabe o que é real
e o que é álcool,
e o quanto mais alto
melhor!
Confesso que sou vítima
de minha própria ilusão,
mas por defesa legítima,
estava em situação crítica
e precisava de uma razão.

Água.
É assim que te chamam.

Tu és um rio de fluxo traçado
que não posso beber a água,
pelo presente,
pelo passado,
mesmo que eu também traga
o que falta ao teu lado.