Quem já disse entender
Sabe que um dia morrerá
Um dia morrerá sem morrer
Em vez da terra, na Terra vai estar.
Eu sou o que chora enquanto dormem
O que mergulha sem medo de afundar
Mas a água sempre vence
Nos olhos, no peito e no mar.
Eu caí no seu jogo
O fogo não sabe parar,
Queima tudo ao seu alcance
O fogo que sabe beijar
E então vem o vento
Que traz tempo, conforto e calma
No aborto do teu adeus
Me prendi a um pressuposto trauma
E até hoje me atormenta a escuridão
Que engole até os mais inocentes
Crentes na chamada generosidade
E na luz que se tornou ausente.