Foi difícil admitir que o laço
Desfeito, era só o fiapo
Amarrado na agulha.
E que o abraço de conforto
Não chegava mais.
Não havia paz no peito:
Trovejava no meu porto
Eu não me vi passar pela porta
Eram tantas as janelas.
Em que fresta escapamos?
Com luzes acesas e palavras intranquilas
Olhei firme o descompassar inquieto
Das ondas de três anos atracar no cais,
Apagar a areia, o sal, e o teu nome.
Hoje
Todo o tempo do mundo me abraça
E pergunta meio sem graça
"e agora?"