do melhor e pior tipo.
extremo a quem vê
sublime a quem sente
quente a quem pode
é a própria vida em stand by
a deixa para a próxima fala
a pausa mais exasperada
da alma a amar que sai
que passeia, que permeia
as cantigas, as caatingas
os sertões, faz chover
todas as desilusões.
é a certeza da dúvida
a borda do universo
o tolo converso
o bobo da corte
sentando no trono
a dor do falso
o mais forte abraço
a morte chorando
apresento-me, com desculpas.
ignorem as mentes cultas
(invejo-os o amor próprio)
aproveito o fim desse ópio
dos outros seres brilhantes
pra tentar me ser o bastante
sem evitar o evitável
sem bem saber por que vivo,
sentindo-me eternamente irresponsável
quanto àquilo que cativo.