terça-feira, 21 de julho de 2015

Homem Ao Mar

Não tenho pra quem
ou onde correr,
e procuro abrigo na estrada.
Obrigado,
de nada.
Só mais uma alma
que quer ser amada.

Hábitos,
(creio) que só eu os entendo.
Me compro rosas,
adoro café,
mas não consigo
tocar meus pés.
Talvez eu seja mais alto
do que minha tristeza,
por isso que elogios
e comentários sombrios
não me alcançam.

Estou longe,
mas queria estar perto.
Cabeça cheia,
coração deserto.
Eu te deserto.
Mas me assumo responsável
por cada gesto:
O poema em inglês.
O drama francês.
Comemoramos minha derrota,
mas no final, foi uma porta
que se abriu pra mim.

E outra agora se fecha.

Deixa,
as pessoas que amo
já me fizeram peceber.

A vida é um corredor de portas fechadas.

Às vezes a vida nos deixa sangrar
para morrer,
para sermos consumidos pelo mar.

E é aonde vou.