Ah! moça, se tu soubesses
O cheiro daquelas rosas
Não teria as jogado
Na rua, embaixo de rodas
Ah! quarto, que me abriga
Nas noites que penso nela
Olho daqui da janela
E guardo tudo em ti
Ah! livros, com tantas marcas
De lágrimas derramadas
Deviam me odiar
Por ser assim tão cruel
Ah! calos, sob meus pés
Prometo não maltratá-los
Correndo atrás daquilo
Que nunca vou conseguir
Ah! morte, vem me pegar
Já passa da minha hora
Pois nunca hei de cumprir
Promessas lá de outrora
Agora que lá me vou
Na barca deste Inferno
Estarás sempre comigo
Pois aqui o teu fel carrego